2008-08-18
Hoje tive um acidente em Sampa. Não foi um acidente normal, foi um mega-acidente e porque Deus não quis não se tornou numa tarde fatal... Ao trafegar na rua da escola levei com um motociclista em cima, um senhor de 50 anos de idade, um queque paulista que viajava na sua brutal e importada BMW... Nem me apercebi do que estava acontecer! Nem tive tempo de ter medo porque ia ser batida, apenas um choque físico considerável e o horror de constatar um corpo que se imobilizou na parte da frente do meu carro, no asfalto.. Felizmente vinha devagar e travei bem a tempo.. Foi a primeira vez na vida que abracei um estranho como se abraça alguém de quem se gosta muito e de quem se esteve longe uma vida inteira... Saltei do carro e fui ter com ele, levantei-o quebrando de uma assentada só duas regras básicas: não se toca num acidentado da rua, não se deixa o carro a trabalhar... Foi um minuto absolutamente trágico, chorava como uma Madalena sem acreditar: pisca a trabalhar, já encostada na faixa da esquerda para virar na esquina, desimpedida.. Como um raio prata, a mota de alta cilindrada apareceu do nada... segundo o policia que me perguntou se eu queria um calmante, vinha em velocidade excessiva numa rua em que não se pode andar a mais de 40kms/hora.. Mas nada disto me consolava, o facto de pensar que podia ter contribuído para a morte ou paralisia de alguém deixou-me por completo no tapete..
Piero o motociclista está bem.. Apenas o blusão de cabedal caro ficou raspado na queda.. O capacete protegeu-o e o raio-X que fez a seguir assegurou que nada ficou partido para além do seu brinquedo dispendioso... Tem um Anjo da Guarda muito atento e eu também...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial