2007-07-30
Estou de lareira acesa, camisola de gola alta azul ainda do tempo em que eu transportava o Francisco em cassete (esta piada só a entende quem leu ou lê a Mafaldinha..) e pés perfeitamente congelados, porque metidos em havaianas very fashion.. A precisa noite em que cheguei a S. Paulo, após enfrentar duas horas no check in do aeroporto de Lisboa, over booking apesar de passagens e lugares reservados quatro meses antes, cinco horas na fila do ground force (mas ainda se fala português em Portugal??) donde saí bastante mais rica do que entrei, hora e meia à espera de viatura para regressar a Setúbal, nova madrugada e mais espera por avião em delay, consegui recolocar os meus sapatos no tropical país precisamente no domingo mais gelado que há memória de há dezasseis anos a esta parte!!! (Que grande parágrafo!)
A chegada a casa parecia um filme alemão... Seguranças de barretes enfiados até aos olhos (muito mal sinal segundo o Luís) e entrada na geladeira, directo! A garagem estava muito mais acolhedora do que a nossa casa! Analice, sempre atenta à higiene, havia deixado todas as janelinhas e portas abertas para que os 5 graus celsius se instalassem convenientemente em todos os recantos! E eu de sandalocas, camisinha branca sobre o pelo! Francis de lindas pernas sob calções beges e meias curtas! Um must!
As férias.. Foram diferentes! Desta vez não corri todas as capelinhas como nas últimas, acomodei-me mais, fui menos furacão a tentar alcançar tudo e todos.. Fiquei em colinhos mais próximos, habituados às minhas súbitas mudanças, aos meus desvarios.. Andei a caminho de Lisboa tantas vezes quanto pude, fiz imensas compras para mim (ao contrário do que me é habitual.. Sou dona de cinco, cinco vestidos! Isto já não me acontecia desde os seis anos de idade!); jantei com quem gosto mesmo, sentei-me na praia de areia branca e solta, carreguei nas teclas do meu telemóvel radical preparado para quedas usando e abusando dele (bem feito para o meu celular de dondoca que tanto me limita!); acelarei a duzentos à hora na autoestrada a bordo de um lindíssimo Eos de cor dourada (já sei que sou pirosa, mas é que eu gostei mesmo, mesmo, do objecto em questão..).. Foi bom estar na varanda transparente de Tróia, estendida na espreguiçadeira.. E achei, que sim, que os brasileiros têm razão em me chamar de "expatriada", já não sei de onde sou, para onde vou..
Fui ao "Porco Preto" onde até conheci o Martim (mas ele não me conheceu, confortavelmente instalado no seu ovinho), estive na "Champanherie", "MCD" e "Pizza Hut", chinês manhoso, vegetarianos mais corriqueiros ao almoço e muito requintados ao jantar, japoneses, degustei peixe escalado de frente para a doca de pesca, arroz de pato na casa da Fata e do Gil, fiquei a dever ao Sr. Vicci o gelado que levei para a sobremesa em casa da São e do Pedro... Bebi uma água no Edgar e três cafés algures.. Estive em casa dos meus pais e até ao Duarte dos Frangos eu fui com os meus sogros! (Se não ficar santa desta vez...)...Comi comida da Bimby da Carla com a Carolina ao colo.. Resultado? Vou ter que andar muito na passadeira, de novo..
Na lareira o ultimo tronco arde.. São horas de ir dormir.. Segundo o horário luso faltam dez minutos para as três da manhã..
Para a minha família e amigos, um abraço grande.. São muito importantes para mim! E ainda um pedido de desculpa pelo meu humor saltitante, grandes silêncios ou um nunca mais acabar de palavras, dependendo da ocasião..
Com A...,
AlexManuela
2 Comentários:
Entre casamentos, despedidas de solteira, vindas do Luis ao continente e idas a Coimbra (apoio domiciliario à minha irma do meio) assim se passaram os meus fins de semana de Julho, sem que desse pra dar um saltinho à beira Sado pra matar as saudades. Sou uma triste.
Em contraste com S. Paulo, plo Alentejo, está calor, muito calor...
Guidinha és mesmo uma leitora fiel..Tive pena de não te ver, mas fica para a próxima com toda a certeza! De seguida vou ver as Bolinices..
beijos grandes
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